Profissional X Amador, ou talvez, Contrato X Performance
Nem sempre a forma física vai definir o profissionalismo...
No site www.mundotri.com.br, recentemento iniciou-se uma discussão:
A diferença entre atleta amador X elite X profissional...
Um tema muito interessante, que gera várias discussões...
Tradicionalmente no Brasil, o único esporte profissional é tal do Futebol, inclusive em alguns jornais impressos, todos os outros esportes são tratados na área do esporte amador...
Quando digo que sou atleta e me perguntam: Profissional?
Sempre fico meio perdido... não sei o que dizer!
Como estudante das leis, vamos delimitar os temas:
Existem os esportes formais e os não formais. Resumindo, formais são aqueles apoiados por federações e que possuem regras específicas, não formais são aqueles de fim de semana, como por exemplo um rafting turístico.
Profissional x Amador
Elite, ou Top, ou Nata, são apenas termos, não uma categoria, embora o Troféu Brasil inventou a categoria Elite-Amadora, apenas uma estratégia de marketing...
Dentro dos esportes formais, existem os amadores e os profissionais.
Ambos são filiados e participam ativamente de competições.
Ambos devem ser amparados pelos organizadores dos eventos esportivos, ou pelo seu Comite Olímpico, caso estejam representando este em provas internacionais.
Ambos devem seguir as regras do jogo, inclusive no tema doping.
A diferença é que o profissional vive disto, do esporte tira o seu sustento, ele representa um clube ou uma empresa patrocinadora e com estes tem um vínculo laboral.
E aí!!!? Fui Campeão Brasileiro Profissional
em 2010, título máximo nacional, mas não vivo exclusivamente do triathlon...
Não tenho uma Carteira de Trabalho assinada, também não tenho um contrato de patrocínio, não tenho nenhuma obrigação com o esporte, e se amanhã sofrer uma séria lesão não serei amparado por ninguém...
Portanto apesar de levar uma vida dedicada como profissional, eu sou considerado
AMADOR...
Assim, acho errado criticarem o
Ciro Violin, grande atleta e também AMADOR, por não competir no profissional.
Não é uma questão de dedicação ou de ter um alto nível. Seria ridículo estabelecer um padrão, tipo se você tem disponível para treinar 30 horas por semana, não pode competir no amador. Ou se você treinou muito e tá muito forte, tem que disputar com quem vive disto. (Pensamentos incongruentes...)
Parabéns ao Ciro pelo amor e dedicação ao esporte, competir na categoria profissional é uma opção (ou não) dele, mas nenhuma obrigação...
No triathlon brasileiro é possível amador competir no profissional, e vice-versa, embora os raros profissionais triatletas não teriam interesse nesta possibilidade.
Afinal, o triathlon ainda é um esporte amador, longe do futebol, da fórmula 1, do volei, tênis, basquete, etc...
Quem sabe um dia, uma forte Confederação Nacional possa reverter este quadro...