terça-feira, 20 de abril de 2010

Persistência

Pra mim, uma das palavras chaves do Sucesso, e inclusive na minha experiência como triatleta, acho que foi a principal virtude trabalhada. Assim como foi para esta nadadora olímpica americana, qual da o seu testemunho abaixo, retirado do blog do Arthur Ferraz...
Quantas vezes já pensei em desistir... Achei que estaria nas Olimpiadas de 2004, 2008, mas passei longe!!!
Sem patrocínio, colhendo uma ajuda aqui, outra ali... Mas sem dúvidas muitos amigos fazem parte das conquistas que ão de vir!!
Hoje terminando a faculdade, com 26 anos, estou mais motivado que nunca, tenho feito meus melhores treinos, que somam de 5 a 6 horas diárias. Eu e minha bike, Eu e meu tênis, Eu e meu caução!!!
2012 é meu!!!
Persistência

Por Angie Wester-Kreig
Atleta Olímpica em 1992 e Medalhista Panamericana

Comecei a competir com sete anos, o que é quase normal para todos os nadadores de elite.
Vinte anos e quatro Seletivas Olímpicas depois, eu ainda continuava treinando.
Era a mais velha mulher no time de natação americano na Olimpíada de 1992, e também a mais velha "caloura" em qualquer Olimpíada já realizada. Minha primeira Seletiva Olímpica foi em 1980.

Alguém poderia olhar minha situação e dizer que ninguém na equipe tem mais seletivas nas costas dos que eu, mas também ninguém teve mais desapontamentos nelas do que eu. Não existem atalhos na natação. Nós todos já ouvimos isto antes. Também não existem formulas milagrosas de sucesso.
Todos nos temos nossa própria formula de sucesso que ao final das contas nos ira levar a vitoria. Isto porém em algumas vezes levara um pouco mais de tempo para chegar aonde você quer: ao objetivo.

Eu era uma das participantes da Seletiva Olímpica Americana em 1980, então em 1984 eu já era uma das finalistas da Seletiva, porem não cheguei a me classificar para a Equipe Americana. Em 1988, ao contrario de 1980, eu sequer cheguei as finais. Então, em 1992 finalmente eu consegui fazer parte da Equipe Americana para a Olimpíada. Isto foi 12 anos depois do que eu esperava para uma Seleção.

Doze Anos!!! Sim, isto é um bocado de experiência, mas também é um bocado de desapontamentos e desesperanças. Minha carreira inteira eu me senti frustrada porque eu sempre me classificava para os Nacionais porem nunca ficava entre os primeiros. Tão perto, e ao mesmo tempo, tão longe. E se existisse somente uma coisa que estes DOZE anos me ensinaram: nunca NUNCA NUNCA DESISTA! Freqüentemente é dito que todos numa Seletiva Olímpica espera de algum modo, fazer parte da Equipe Olímpica. Não importa quão longe isto possa estar para as pessoas de fora, se em seu coração você não acredita que você tem uma chance, você então nunca lá poderá estar. Eu pensei que tinha uma chance em 1980. Eu pensei que eu tinha uma chance em 1984, e em 1988 e em 1992. A coisa que fez minha formula para o sucesso: PERSISTÊNCIA.

A Seletiva Olímpica de 1992 foi uma fantasia para mim. Nadei três provas para o melhor tempo de toda minha vida, provas que eu já havia nadado mais de uma centena de vezes em toda minha carreira. Pessoas falam sobre cansaço, e sobre como aprenderam a odiar a natação. Mas eu amo nadar. E eu curto muito isto, mesmo hoje.
Nos dias de hoje nos estamos vendo vários atletas conseguirem resultados após anos de piscina, Mat Biondi, Pablo Morales, Killion, Jorgeson, Barrowman (todos excepcionais atletas americanos, no Brasil temos Rogério Romero como maior exemplo), e todos eles melhorando suas marcas. Isto significa que não acabamos aos 22 anos. Existe uma vida toda lá fora após o colégio, e se você achar a “atmosfera" correta pode ser uma maravilhosa combinação para uma gratificante experiência.

Eu poderia ter abandonado as piscinas em 1988. E muitas pessoas poderiam, e disseram, ter dito para eu fazer isto. Eu tinha 23 anos então, e eu era velha para uma nadadora. Mas logo após poucas semanas depois de minha decepção nas Seletivas eu estava de volta as piscinas novamente, não porque eu tinha que fazer aquilo, ou porque alguém tinha me dito para fazer isso, eu estava de volta, pois eu gostava daquilo e tinha alegrias lá. Lógicamente treinar não era a sempre um momento alegre. Mesmo quando eu estava super empolgada na época da Faculdade, eu sentia como deveria nadar e conseguir uma bolsa de estudos, como forma de agradecimento aos meus pais por todos os anos de apoio que eles tinham me dado. Eu era a única nadadora que marcava pontos para minha equipe (San Jose State) no NCAA (Principal Campeonato Absoluto Americano). Aprendi a confiar em mim mesma. E como única integrante da minha equipe em tais campeonatos, eu coloquei também muita pressão em mim. Natação é um esporte individual e nós mesmos freqüentemente nos colocamos mais pressão do que deveríamos.

Com a perspectiva de 20 anos de natação, um emprego em tempo integral, casada, eu aprendi como ter alegrias com a natação. Meu técnico na Faculdade ajudou-me a colocar as coisas em perspectivas mostrando-me o quanto a escola e o trabalho são na vida, e encorajando-me a não levar as coisas tão a sério. Competindo contra Mary T Meagher (ate então a recordista nos 200 Borboleta) também me ajudou a perceber que todos que competiam comigo eram somente seres humanos. Vendo os nadadores de elite relaxando antes das provas no balizamento, antes de suas principais provas, também me ajudaram a relaxar. Eu aprendi muito com isto. Eu comecei a olhar desse jeito: “Eu sou sortuda por estar aqui. E se eu somente relaxar e tentar ser o melhor que eu posso isso será legal".

Finalmente, olhando a grande estrada que eu passei ate as Olimpíadas, eu vejo mais claramente agora o que eu sabia então. SUCESSO VEM DO CORAÇÃO. A equipe de San Jose não é uma potência, e eu fiz a maior parte de todo meu treinamento totalmente sozinha. Quando eu terminei a faculdade, eu era obrigada a treinar aonde eu podia arrumar uma piscina. As vezes treinando sozinha, as vezes correndo próximo de Stanford, as vezes treinando com equipes master, eu fiz o melhor que eu podia com o que eu tinha em mãos. Somando-se a este ritmo de treino forte e agitado, um emprego em período integral não fazia as coisas mais fáceis, pelo contrario. Mas eu sabia que se eu continuasse tentando e trabalhando e acreditando em mim, eu poderia conseguir. Escola, namorados (e maridos), vida em família, tudo coloca pressão, mas se você continua e se mantém firme em seus ideais o tempo suficiente, você ira achar sua própria fórmula de sucesso.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

1º lugar, na 1ªetapa do Campeonato Brasileiro!!

Brasileiro de Triathlon que virou Duathlon...


Foram 5km de corrida, 40km de ciclismo e outros 10 correndo...

Comecei tranquilo, sem muita expectativa, fiz a primeira corrida procurando ficar sempre com o 1º pelotão.
No ciclismo, foram vários os ataques e contra-ataques, todos se marcando.
Até que a fuga do Marcus Vinícius e do Chicão vingou, e abriram cerca de 2 minutos...

No simpósio foi explicado que seriam 6 voltas e meia, mas na 7ª ainda não tinham indicado a volta menor, assim gerou uma certa confusão, onde todos fizeram 8 voltas (46km) com excessão do José Roberto Brasil.
Não sabia oque fazer, mas admirei a coragem do atleta, e gritei pra ele enquanto completavamos a 8ª volta: "Vai que é tua!!". Eu tinha convicção que ele seria o vencedor e cheguei a desejar "vencer" a prova, para subir no pódio apenas depois do Brasil... Mas nessa hora, vencer, parecia impossível...


Enfim, começamos a 2ª corrida, minha meta era ser o melhor universitário...
Comecei mais atrás, e logo passei o Diogo Sclebin (um dos favoritos) ele que sempre começa mais atrás e derrepente faz uma progressão impressionante rumo a vitória. Então como eu vinha mais forte pensei "melhor não ficar por aqui. Deixa eu abrir uma vantagem, porque daqui a pouco ele decola!!" rsrs
E assim fui buscando o pessoal, pro meu desespero, havia um universitário entre os líderes, era o Rafael Fonseca. Passei a mirá-lo!!
Logo ultrapassei outro grande favorito, que era o Reinaldo Colucci, vi minhas chances de vencer a prova aumentar, alcançei o universitário e passei para o ataque!!

Na última, das 4 voltas, disputava com o Bruno Matheus, e fiz muita força!! Queria vencer!!
Na hora da chegada muitas coisas passam pela cabeça!! E como é boa essa sensação!!!

Fui o primeiro colocado!!

Pódio com troféu improvisado!!! A copa deve chegar pelos correios!!!

1 MAURO CAVANHA CONCEICAO   2:04:03 16:54 1:12:59 34:10

2 BRUNO PEREIRA MATHEUS               2:04:22 16:53 1:12:54 34:34

3 RAFAEL BESERRA DA FONSECA       2:04:31 16:54 1:12:54 34:42

4 RAPHAEL MENEZES DOS SANTOS    2:04:41 16:55 1:12:58 34:47

5 JOSE ROBERTO BRASIL DE ARAUJO 2:04:56 23:13 1:03:44 37:58

6 HENRIQUE SIQUEIRA DE OLIVEIRA  2:05:04 16:52 1:12:53 35:17

7 DANILO SOUZA ARAUJO PIMENTEL 2:06:00 17:02 1:12:49 36:08

8 REINALDO COLUCCI                    2:06:06 16:54 1:12:54 36:16

9 LUIZ FRANCISCO DE P. FERREIRA     2:06:12 16:58 1:10:57 38:15

10 FRANK SILVESTRIN DE SOUZA        2:08:43 17:20 1:12:30 38:52

quinta-feira, 8 de abril de 2010

24º Colocado na Copa Panamericana do Peru...

Prova do Peru!!!

Estava confiante, me sentia bem, e tudo estava pronto!!
Vesti a roupa de borracha para aquecer, e o Marcos Hallack, na hora que fechou minha roupa de borracha, me alertou: "o ziper não tá prendendo direito..."
Não me preocupei, pois depois das primeiras braçadas do aquecimento, a roupa veste melhor e então eu ajustaria o ziper... Mas não dei a devida atenção a este detalhe.

Terminei o aquecimento e fui para o posicionamento, onde são chamados os atletas um a um, para escolher o lurgar da partida.
A organização pecou feio e a largada foi dada quando a maioria dos atletas já estava na água.

Começei bem, estava entre os líderes, mas logo fui ficando, ficando, ficando...
NÃO ERA POSSÍVEL eu me sentia tão bem!! Logo culpei a roupa de borracha, pois já está mesmo na hora de trocar, e investir num equipamento melhor.
Comecei a perceber a água gelada nas costas, e senti que minha roupa estava cheia d'água...
Fiquei na dúvida se valia a pena parar, para ver o que acontecia, ou continuava daquela maneira.

Optei pela segunda opção, pois pensei: "Mesmo nadando mal, com alguma adversidade, eu tenho que sair com o 2ºgrupo", nessas horas eu já estava no final do pelotão. Via os atletas me passando um a um, e mesmo nadando forte, não conseguia ficar no pé de ninguem...
Deu Zebra na prova do Peru!!!
Tinha que averiguar!!
Parei...
Procurei a cordinha e zuuupp!! O ziper subiu...
Na hora não sabia se ria ou chorava. Havia descoberto porque estava tão mal, mas já era tarde...

Objetivo passou a ser uma prova contra-o-relógio, pois se eu quisesse pontuar no ranking internacional, não poderia chegar mais de 5 minutos do primeiro colocado.

Fiz força pra Burro!!
E assim foi, fiz a segunda volta da natação, queimando os braços!! Recuperei 2 posições...
O ciclismo puxei praticamente sozinho, levei um americano, e outros 4 sobraram de roda, a magrela foi assoviando!! O Pelotão principal (com uns 20 atletas) abriu apenas 1 minuto, oque é pouco quando o vácuo é liberado.
Na corrida, igual uma Gazela!! Recuperei outras 3 ou 4 posições e no final, ainda "sprintei" com outros dois brasileiros (o Buck e o Hallack!!) corri pra 33'35" e acabei em 24º...

Ano passado, na mesma prova eu acabei em 23º, e dei "graças a Deus" por ter ganho uma posição no sprint!! Dessa vez não deu!! aehaehahehe

Cheguei, a exatos 5 minutos do primeiro, mas infelizmente não pontuei, pois apenas os 20 primeiros ganham pontos.

Estava contente com o resultado, e até fiquei me perguntando o porque, já que cheguei lá atras...
Por um momento estava num conflito, pois como podia estar feliz, com uma má colocação.

Quando cheguei em Curitiba eu li no blog do Ciro, o texto "Eu Contra Eu Mesmo", e tudo me esclareceu...
Estava feliz, pois apesar de terem 25 motivos para abandonar a prova, eu terminei, e terminei muito bem!!

No triathlon nem sempre o favorito é o vencedor, mas vencer sobre si mesmo é vitória certa!!!

Nem vou colocar uma foto do animal que representa o 24!!
Mas como vocês podem perceber a prova foi ANIMAL!!! kkkk

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Travessia da Enseada

(foto de Luisiane! Eu, entre o Jack Nicholson e o Gigio!!)

Domingo passado, dia 28, participei da Travessia da Enseada, em São Francisco do Sul.
Foram 1.500m e acabei em 10º lugar geral. O Gigio ganhou a categoria, fui o 2º!! (foto)

Me senti um peixe fora d´água, sendo um poucos nadadores usando a tradicional sunga!!
Dos 10 primeiros, 8 usavam o macaquinho de neoprene, que ajuda na flutuação. Faz parte da evolução do esporte, se bem que ainda existe muita polêmica se proíbem, ou não, o seu uso.
Nas provas oficiais de triathlon ele não é permitido, e na natação estabeleceram alguns limites.

O tradicional Circuito Mercosul de Travessias é um clássico do sul do país!! E a 5 anos, lá estava eu!!
Em 2005 fui o campeão do ranking, entre disputas e penalizações por correr na margem do lago Itá!!! rsrsrs Muita história pra contar!! rsrsrs
Saudades desse tempo!!

      
(foto da Camila! Esq. p/ Dir.: Igor Amorelli, Eu, Fabio Jorge, Felipe Correa e Gigio)