Top 3 no Triathlon do Rio!!

Competir na Cidade Maravilhosa é unir o útil ao agradável!

 

Além di aproveitarrr ush pontush turíshticosh incríveish (rsrsrs), a federação carioca sempre realiza excelente trabalho na organização dos eventos. Este em especial, homenageava o triatleta Armando Barcellos pelos 30 anos dedicados ao esporte e foi na distância Sprint (750m, 20km, 5km), no Recreio dos Bandeirantes. Como vocês podem ver nas fotos num dia típico carioca, ou seja, muito sol!!

A água estava um luxo, super clara!! Penei um pouco na largada com mais de 500 atletas, mas logo estava entre os primeiros, terminando a etapa a poucos segundos dos líderes.

Os 20km de ciclismo eram com vácuo liberado (apesar de ser permitido usar bikes de contra-relógio). Fiz uma boa média, revezando com o Santiago Ascenço, porém não conseguimos alcançar a dupla líder.

Apenas me recuperando da última duradoura lesão, sofri um pouco na falta velocidade dos 5km de corrida, sentia a falta de ritmo e sincronia das pernas e fiquei contente em ter conseguido defender um top 3 na prova que foi de alto nível com vitória do português Bruno Pais.

Vitória em estar competindo sem dor!!
Resultados completos: Rio Triathlon
Fotos: Mundo TRI

Agradeço pela hospitalidade do meu amigo Alexandre Moura e ao Julio Alfaya (presidente da federação carioca) que me permitiram aproveitar cada minuto da minha viagem ao Rio!!

Agora nas próximas 3 semanas intensifico os treinos de corrida com foco na próxima que já está marcada para o dia 29 de Setembro em Los Angeles!

Dias Corridos!!

Como são bons os dias corridos! :) Meus últimos dias em Boulder foram bem badalados, começando com um hiking passando dos 4.200m de altura, escalando o Monte Edwards.
Partimos de Boulder em 5 amigos rumo ao desafio. A escalada tinha que começar cedo, portanto acampamos numa base a cerca de 30 minutos do ponto inicial no dia anterior. O acampamento foi irado, num frio de matar!! A fogueira feita pelo Pio, um polonês (comandante da missão), salvou a diversão. Juntamos um violão, uma gaita e a a criatividade da Sara para compor a musica do Alaskaaa, de onde ela é natural. rsrs
No dia seguinte acordamos cedo e caminhamos cerca de 7 horas para alcançar o cume, apesar de ser caminhada, o fôlego era acelerado já que o oxigênio é escasso depois dos 2.000m, mas compensada com um visual fantástico!

Um final de semana depois viajei para Steamboat, onde competi um triathlon olimpico a 2.100m de altura! Foi uma prova bacana, num lugar e percurso impressionantes. Liderei a prova do inicio ao fim, apesar de o estoniano Kristov ter chego a 91 segundos na segunda posição. Me senti muito bem durante a prova, a anos nao me sentia tao bem competindo. O quadril já zerado, apesar de ter sentido um pouco o joelho... (Resultados clique aqui)

Chegando de Steamboat, no dia seguinte já estava no aeroporto de Denver, indo a caminho de Curitiba e depois de três dias em casa embarquei em outra aeronave com destino a Brasília, onde neste domingo participei do Meio-Ironman.

O principal desafio era terminar a prova sem dor, pois recém me recuperava de uma lesão e não sabia o que esperar, já que nos últimos 6 meses meu volume de corrida médio não passou de 25km por semana (normalmente próximo dos 100km). 

(Pelo menos na foto sou o primeiro, da esq. pra dir.!! :p)

Nadei, pedalei e comecei a correr super bem, porém já no km 3 tive que parar com muita caibra no quadriceps. Achei que não poderia terminar, mas com alguns metros caminhando, aos poucos fui voltando para a prova, com a esperança de subir no pódio (primeiros 6). Sempre controlando as caibras, que me acompanharam até a linha de chegada, e foram se intensificando a medida que o grande amigo e atleta, Guto Antunes, vinha se aproximando rapidamente e nos metros finais e tive que dar o máximo para garantir o posição. Um pouco desesperador, pois além das ameaças de caibra, o último quilometro era numa ciclovia estreita onde ultrapassávamos muitos atletas ainda completando a segunda volta. Não sei quem gritava mais: minhas pernas em caibra eminente, ou eu tentando pedir "DA LICENÇA PO..."!! haha Me desculpa por quem passei gritando como um loco!! rsrsrs 

(Resultados)

Feliz com o resultado, lesão superada, e motivado para voltar aos treinos. Semana que vem continuo a correria com destino a Cidade Maravilhosa para o Campeonato Carioca de Triathlon a ser realizado na praia do Recreio no dia 01 de Setembro. Até logo mais!! 

Be Like Water my Friend!

Não é fácil escrever sobre competições que não saem como planejadas.
Odeio dar desculpas, mas na falta de resultados, não me sobra outra opção... De qualquer maneira meu otimismo não me deixa ficar triste na hora de falar sobre os minhas derrotas.

Teria atualizado o blog mais cedo, porém tive alguns eventos acontecendo aqui em Boulder, além de uma divertida caminhada de 7 horas entre algumas montanhas aqui do Colorado, logo estarei postando sobre a aventura!

"Não peça por uma vida mais fácil, peça pela força para aguentar uma vida das difíceis."

Me chamou a atenção à alguns dias atrás quando assisti um documentário sobre o Bruce Lee, não sabia que ele também foi um grande filósofo e desenvolveu vários pensamentos na busca de ser um lutador virtuoso. Na suas meditações concluiu que não devem existir padrões para se chegar ao golpe perfeito, e que cada um deve achar o seu próprio caminho para atingir o pico.
"Be like water my friend!". Lee descreve que é necessário esvaziar sua mente e aquela ambição gananciosa da vitória e assim como a água, contornar improvisadamente cada obstáculo e passar graciosamente por qualquer obstáculo que cruze o seu caminho.


Em minha jornada para contornar a lesão que me acompanha por quase 10 meses, estive pesquisando e buscando melhorar em todas as maneiras que pude imaginar. Diminui o volume de corrida e começei a trabalhar contra o quadril dolorido, cheguei a fazer 8 horas por semana de puro alongamento, yoga e vários exercícios funcionais e de fisioterapia.

Aqui em Boulder tive uma grande evolução trabalhando com um dos parceiros do time da Siri, a Integrative Healing Acupuncture. Todd Plymale-Mallory fez um excelente trabalho de acumpuntura e massagem profunda dos tecidos.

Enquanto me sentia melhor, também tive a chance de começar a correr mais cedo com a ajuda da Altitude Physical Therapy, e pude utilizar uma esteira anti-gravitacional que elimina a gravidade aplicando força para levantar o corpo, reduzindo o peso carregado pelas pernas sendo possível treinar sobre um passo natural e ritimado.

E o ponto crucial foi minha última competição, onde finalmente descobri a raíz do problema e dei uma virada no processo de recuperação....

Ironman Boulder 70.3 

Com todo o tratamento e cuidado com o quadril, estava ficando cada dia mais animado e achei que poderia terminar aquele meio-ironman. Também estava descançado e com o polimento em dia!

Depois de uma boa natação, pulei na bicicleta e logo após alguns poucos quilômetros meus glúteos já doíam muito. Pensei em abandonar a prova, e da mesma maneira como penei no mês passado no Triathlon de Boulder Peak, alternei bastante entre querer desistir e a vontade de puxar o mais forte possível para recuperar o tempo perdido.

Chegando mais ou menos no km 40, estava ficando acostumado com a dor e pude fazer um esforço razoável, puxando o ritmo com outros dois atletas. Acabei pedalando os 90km em 2:16:04, o que não foi nada mal! Foi então que começei a correr e sentia a minha bunda literalmente como uma pedra, tentei caminhar alguns metros enquanto massageava a área e foi nessa hora que minha treinadora passou com sua moto e me disse para desistir da prova. Não ofereci resitência, pois não queria machucar nenhum outro tecido, e peguei uma carona até a zona de transição, e assim foi, final de prova.

A boa notícia, é que com todos os tratamentos e puxando o pedal com uma dor extrema, foi super fácil de detectar qual era o músculo irritado (gluteo médio) e também pude determinar que a lesão não estava se formando na corrida, mas sim por causa do ciclismo.

Passei um bom tempo pesquisando sobre biomecânica e regulagem da bike. Descobri que os glúteos formam uma parte importante do core, e ajuda a estabilizar o quadril dando suporte para uma pedalada ou passada mais eficiênte.

Estressando excessivamente essa musculatura, durante a bike apenas é possível magoar o músculo, porém uma vez que os pés tocam o chão e geram impacto, aquele imbalanço pode causar danos maiores aos tendões, ligamentos e fáscias.

Estudando as mais prováveis causas de estressar o glúteo médio, descobri que a posição do asento é essencial a se observar, e quanto mais para trás for a posição, mais os glúteos serão requisitados.
Então vc mulher que talvez queira trabalhar o bum-bum, seria uma boa idéia jogar o selim lá para trás! :o) Mas dessa maneira vc também terá prejuízo da potência gerada pelos quadríceps... Não valendo a pena se o seu plano for de ir rápido!

No final das contas, avançei meu selim por quase 2cm na tentativa de potencializar as coxas e achar um equilíbrio.

Estou me sentindo muito melhor nesses últimos dias, e hoje mesmo acabei de fazer um bom treino com minha "teammate" Super Bird!! Foram 16km com uma pequena dor já quase no final. Provavelmente foi a corrida mais longa desses últimos 6 meses!

Avançando como a água flui, e com suporte de um grande time, vou fazendo meu caminho até os próximos desafios!!

Boulder Peak Triathlon 2013

Sem muito para contar da minha última prova, um triathlon olímpico que aconteceu aqui em Boulder. A idéia era competir como um teste, para ver como estava, depois de tanto tempo sem disputar provas devido à uma lesão no quadril.
Não sabia o que esperar, até porque ainda não estava 100% acostumado com a altitude. E realmente senti a falta de ar já poucos metros depois de começar a nadar!

(descontração momentos antes da largada!)

No final dos 40km do percurso da bike, não estava nem perto de alcançar minhas piores expectativas. Alguns dias temos que apenas aceitar a derrota. Um dos meus autores favoritos, Paulo Coelho, descreve muito bem esse tema:

"A derrota é para os valentes. Só eles podem ter a honra de perder e a alegria de ganhar.
Não estou aqui para dizer que a derrota faz parte da vida; isso todos nós sabemos.
Só os derrotados conhecem o amor. Porque é no reino do amor que travamos nossos primeiros combates - e geralmente perdemos.
Estou aqui para dizer que existem pessoas que nunca foram derrotadas.
São aquelas que nunca lutaram.
Conseguiram evitar as cicatrizes, as humilhações, o sentimento de desamparo e aqueles momentos em que os guerreiros duvidam da existência de Deus."
Manuscrito Encontrado em Accra - Paulo Coelho

Portanto a derrota faz parte da vitória, e naquele dia longe de qualquer resultado bom, não tive motivação para começar aqueles 10km. Também fui motivado a não puxar por meu quadril estar apenas melhorando da lesão.
Parei antes de terminar o ciclismo e logo ali estava a Siri, minha treinadora, que não me deixou baixar a cabeça e apontou detalhes a serem corrigidos para os próximos treinos. O objetivo agora é estar com o corpo livre de lesões, e pronto pra aguentar firme os próximos blocos de treinamentos e provas!

Se as derrotas são necessárias, essa foi a primeira vez que realmente me considerei fora de disputa, antigamente ficaria satisfeito em ter feito meu melhor, e considerava alguns eventos como falta de sorte. Dessa vez não vi vantagem em fazer o máximo esforço para alcançar talvez 60% do potencial. 100% é a meta!!

Diante de uma grande derrota, além das lições, às vezes vc também é recompensado e surpreendido pelos grandes amigos!! rsrs
Thanks Sara, adorei a cerveja chique e a nota #surpresa!! :)

Treinando em Boulder...

Duas semanas de aclimatização e os treinos aqui já estão quase como nos padrões da CNTP!!
Na verdade treinando sempre vai faltar ar, mas a diferença, é que aqui o folego acaba muito antes de chegar qualquer fadiga muscular, gerando uma sensação estranha durante os dias de adaptação.

(Ward, CO - à 2880m de altura, foto: coach Siri)

A boa notícia é que já estou correndo por volta de 50km por semana e já estou me despedindo daquela lesão no quadril. Assim crescem as expectativas (nem tanto!) para a próxima competição em uma semana.

(Saíndo pro treino as 5:15)

Hoje estou revigorado depois de um dia "off", já anteontem foi tenso:

Da cama pra piscina às 5:30 da mãnha;

Treino feito, comi e voltei pra um cochilo;
Acordei comi e fui pedalar;
120km depois, o estrago tava feito... dei PT!
O plano era curto e certeiro: rango e sono.
Não teve nem espaço pra uma ducha, e pra não sujar os lençóis deitei no chão mesmo...
Apaguei, babei, sonhei, acordei pensando que alguém estava me chamando, já eram quase 5 da tarde e fiz força pra levantar, força mesmo! Já que naquela noite, tinha combinado de sair com meus amigos para conhecer um pouco da cidade!

(Passeio no centro de Boulder com Gui, Pati e Alexandre!)

Hoje, já estou me sentindo bem melhor! Acabei de chegar de mais um treino das 5:30 (esmaguei aqueles 5.000m nadando!!). Logo mais vou dar um trote no Resevoir, onde será a competição no próximo dia 14 de julho e vamo que vamo!!

Vou sentir falta de LA...

Los Angeles virou uma das minhas cidades favoritas, não só pelo clima ensolarado durante todo o ano e os super treinos de bike nas montanhas de Malibu e Santa Mônica, mas também pelas boas e várias amizades!

Na foto estão a Valerie e o Anvar, minha "família americana" com quem morei nos últimos 4 meses. A Valerie sempre pronta para corrigir meu inglês, frequentemente nos brindava com seus deliciosos pratos mexicanos! O Anvar, que veio do Kazaquistão, fanático por futebol, até me fez ir bater uma bolinha! E também me iniciou na lingua russa e seus caracteres cirílicos!! "Oschi Oroshua!!" (muito bom!)

Nessa última semana empacotei minhas malas, mochilas, bugigangas e caixas, joguei tudo dentro do meu novo/velho carro e segui o time da Siri com destino a tão famosa cidade entre os triatletas, Boulder. Alguns à conhecem como a "Mecca" do triatlon e portanto moram aqui vários dos melhores atletas mundiais. Amplas ciclovias e com os benefícios do treino em altitude realmente é uma cidade que oferece muitos pontos positivos para "noizes" triatletas!

Pé na estrada! O deserto foi a parte mais difícil, o calor era tanto que para evitar o super-aquecimento do motor haviam placas alertando para desligar o ar condicionado... Basicamente fritava você ou o carro!! rsrs

(travessia do Deserto de Mojave)

Foram 1650km de estrada, em dois dias, da Califórnia até o Colorado. Parece muito, mas passaram voando com tantas paisagens de tirar o folego, cheguei a cansar de fotografar as formações dos canions e montanhas coloridas!
Deixando as praias do pacífico, passei pelo deserto e os terrenos expostos do período jurássico e cretáceo dos estados de Utah e Arizona, já no estado do Colorado as paisagens ganham um tons de verde mesclado com o branco da neve de alguns picos.

(San Rafael Swell)

(Castle Valley)

Aqui em Boulder já me acostumando com a altitude (1600m), às vezes falta ar nos treinos e tenho dor de cabeça constantemente. Logo deve passar esse período de adaptação que geralmente leva em torno de 3 semanas e logo posto mais sobre a temporada por aqui!

Minha próxima competição deve ser o Boulder Peak Triathlon, na distância olímpica, marcado para o dia 14 de julho! #GoVanya!